
Desde o início da era do rádio, as pessoas passaram a tê-lo como uma espécie de companhia. Com isso ele se tornou um objeto de integração familiar, ou seja, todos se reuniam para ouvir a sua programação.
A idéia inicial do precursor do rádio no Brasil, Roquete Pinto, era usá-lo como um transformador cultural, fazendo com que ele influenciasse diretamente nos costumes dos cidadãos, levando informação e músicas eruditas à casa dos brasileiros.
No entanto, esse objetivo não durou muito tempo. Com as diversas e acessíveis maneiras de criarem rádios caseiros (por exemplo: rádio de galena) ele se popularizou muito rápido. Criando-se então uma relação intensa entre rádio e ouvintes.
As pessoas rapidamente sentiram a necessidade de interagir com o rádio, como mudar a o estilo musical tocado, fazer reclamações sobre a qualidade do som ou sobre a programação. Isso fica muito nítido nas cartas dos leitores, que eram enviadas as rádios.
Na Carta a seguir o ouvinte reclama de um programa humorístico em que os participantes estavam falando palavras de baixo calão. Veja na carta que ele justifica a reclamação, alegando que crianças ouviam o programa. Isso mostra que os ouvintes eram rigorosos com o conteúdo do rádio e sentiam-se no direito de influenciar, e até mesmo comandar, a sua programação.
Na próxima carta o associado da Rádio Nacional reclama a qualidade ruim do som da rádio, exemplificando a situação comum naquela época de reclamações a respeito desse problema
No site da Radio Sociedade são encontradas diversas cartas de ouvintes elogiando, reclamando ou até mesmo mandando sugestões para a rádio. Além disso, vale a pena dá uma conferida nas pérolas enviadas pelos ouvintes da época.
Já na era de ouro as emissoras de rádio estavam riquíssimas, transformando o rádio em um veiculo inspirador para os outros meios, formando uma industria cultural. As pessoas começaram a buscar o mundo do rádio de outras maneiras, como em revistas especializadas em celebridades do rádio (star system). Ou seja, criou-se uma cultura em torno do rádio, com uma série de produtos e artistas, que através da voz conseguiram fama para explorar suas imagens.
Atualmente a relação entre o ouvinte e o rádio é facilitada também pela internet, que permite uma interatividade ainda maior. Através de emails, redes sociais (facebook, twitter, orkut) e a possibilidade de assistir o estúdio ao vivo a participação do ouvinte na rádio se tornou instantânea. O que caracteriza uma convergência midiática.
Nessas mensagens do twitter, podemos notar a partipação dos ouvintes com a rádio Band News, onde eles "twittam" informações que são reproduzidas ao vivo na rádio pelos seus locutores.
Nessas mensagens do twitter, podemos notar a partipação dos ouvintes com a rádio Band News, onde eles "twittam" informações que são reproduzidas ao vivo na rádio pelos seus locutores.
Mesmo com o passar dos anos o rádio continua sendo um meio de comunicação democrático, onde sua programação é regida pelo gosto popular, havendo cada vez mais interação entre o ouvinte e o rádio.
Carlos Withe e Stéphanie Badaui
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